Em publicação anterior tivemos oportunidade de falar sobre o aperto de mão, que deverá ser porventura a forma de cumprimento mais comum em todo o mundo.
Porém existem outras formas de cumprimentar muito próprias e bem reveladoras das diferenças culturais que caracterizam este planeta.
O beijo na boca é uma demonstração de grande amizade em países como a Rússia, Grécia e Turquia.
Nas regiões árticas do Canadá vivem os Inuit (esquimós), indígenas que possuem a tradição de demonstrar afecto cheirando o rosto de um amigo ou familiar. Para cumprimentar esfregam o nariz no lábio superior da outra pessoa. Noutros casos tocam-se com a ponta do nariz.
Em algumas tribos do Tibete, mostrar a língua para as pessoas é uma forma de saudação.
Quando se recebe alguém em casa na Mongólia cumprimenta-se presenteando a pessoa com o hada, uma faixa azul de seda e algodão. O convidado deve esticar a tira e curvar-se suavemente para a frente com o apoio das mãos de quem lhe deu o presente.
Nas Filipinas, como demonstração de respeito, os jovens saúdam os mais velhos segurando a sua mão direita, curvam-se lentamente para a frente e encostam os dedos da pessoa mais velha na testa e dizem “mano po“.
Os Maoris, da Nova Zelândia, cumprimentam-se apertando os rostos com força, nariz contra nariz.
Também em África se usa o aperto de mão, mas em determinados lugares pode assumir algumas variantes.
Numa delas os intervenientes apertam as mãos direitas, seguidamente encaixam as pontas dos dedos nas do parceiro e encostando os polegares na vertical, fazem um estalar de dedos com o polegar e o médio e levam a mão ao coração.
Noutra versão, apertam as mãos direitas com as esquerdas pousadas na zona interior dos braços direitos à altura do cotovelo, elevam e baixam as mãos uma vez, interlaçam os polegares, levantam os braços num ângulo recto e terminam baixando-os.
No Zimbábue as pessoas têm a forma singular de se cumprimentar na rua batendo palmas. Palmas rápidas podem significar “obrigado”, na cultura local.
No Quénia e na Tanzânia, a tribo Masai tem o costume tradicional de cuspir como forma de saudação. Os mais velhos podem fazê-lo aos mais novos, enquanto que os mais novos devem cuspir na palma da mão e depois estendê-la aos mais velhos como sinal de respeito.
Apesar da minha enorme paixão por África vou deixar a visita aos Masai para quando for muito velho.
Manuel Pereira de Melo