Felizes foram os convidados para a prova de vinhos extraordinários, alguns centenários!

Os nossos vinhos são bem conhecidos pela sua longevidade. O Primado Tinto é comercializado apenas quando está próximo de atingir o seu ponto ideal de consumo, o que acontece muitos anos após a sua colheita. A título de exemplo, o Primado Tinto 2011 foi apresentado ao mercado em Janeiro de 2021. Em prova cega raramente lhe atribuem mais de quatro a cinco anos. Um vinho com dez anos que promete manter a sua grande forma, pelo menos, por outros tantos.

Também o Primado Rosé é capaz de surpreender os mais entendidos. Numa prova há dois anos o Primado Rosé 2006 revelou uma juventude impressionante e o mesmo se passa com os posteriores.

O Primado Branco, mais jovem, mostra já que irá evoluir de forma idêntica.

No passado dia 11, num afamado hotel de Lisboa, decorreu o Business Day, evento organizado pela Wine Concept para mostra dos vinhos que representam, dirigido a profissionais do sector que compareceram em enorme afluência. Estivemos presentes como é habitual com os nossos vinhos Primado.

No entanto, este ano decidimos surpreender todos com uma derradeira demonstração do potencial do extraordinário terroir do nosso lugar.

Assim, apresentamos em prova vinhos centenários, um tinto de 1915 e um branco de 1926.

A abertura das garrafas foi cuidadosamente conduzida pelo prestigiado sommelier Rodolfo Tristão cujos comentários deixo aqui.

Embora não tenha conseguido ter acesso à publicação sobre o branco de 1926 posso referir que foi unânime a surpresa com os aromas que revelavam muito menor evolução do que seria expectável, e uma acidez admirável. Na boca, o vinho revelou-se notavelmente estruturado e encorpado, com escassos sinais de evolução.

Num evento muito concorrido por grandes conhecedores, foram muitos os que não quiseram perder esta oportunidade única e todos se maravilharam com o que provaram, melhor dizendo beberam, porque não vi ninguém a vertê-los nas cuspideiras.

As emoções que se viveram são difíceis de narrar, apenas posso afirmar que o deleite foi total.

Estas garrafas fazem parte de um lote, esquecido numa cave, de cerca de duzentas garrafas, maioritariamente brancos, cujas colheitas se situam entre 1912 e 1937.

Para além das que estiveram nesta prova, tinham sido abertas anteriormente seis garrafas, brancos de 1912, 1923 e 1937 e tintos em cujo rótulo já não era possível distinguir os anos de colheita. Todos, sem excepção, se apresentaram em excelentes condições. Dado o interesse demonstrado por muitos dos presentes, algumas garrafas irão ser disponibilizadas para venda.

 

Estes extraordinários vinhos e a sua longevidade invulgar comprovam a excepcionalidade do terroir deste lugar onde produzimos Primado.

Manuel Pereira de Melo

 

 

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